Foto de tigre marcando árvore com seu cheiro ganha concurso de fotografia

Sergey Gorshkov, Liina Heikkinen, Wildlife Photography Award Sergey Gorshkov, Liina Heikkinen

O registro de um tigre “marcando” uma árvore com seu cheiro foi o grande vencedor do concurso Wildlife Photographer of the Year 2020, promovido pelo Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra. O resultado da 56ª edição, divulgado nesta terça-feira (13), traz os ganhadores de um dos mais prestigiados prêmios entre os fotógrafos que trabalham com registros da natureza.

Sergey Gorshkov, Natural History Museum LondonSergey Gorshkov fotografou um tigre siberiano fêmea selvagem a abraçar uma árvore nas recônditas florestas do distante leste da Rússia. O fotógrafo russo ganhou com a imagem o prémio Wildlife Photography Award 2020, organizado pelo Museu de História Natural de Londres, na categoria adultos.

'Abraço' de um tigre vale título de Fotógrafo de Vida Selvagem 2020
Sergey Gorshkov, Liina Heikkinen, Wildlife Photography Award

Um galardão que premeia 10 meses de trabalho árduo e paciência, para conseguir a fotografia destemomento íntimoVER MAISA fotografia foi captada no Parque Nacional Terra do Leopardo, por uma câmara acionada por movimento, quando a tigreza se roçava no tronco de um abeto-da-Manchúria, para deixar o seu cheiro e marcar território. Sergey percorreu a floresta em busca de sinais destes tigres, também conhecidos como de Amur, e do melhor local para colocar a sua armadilha de imagens. Sabia que as possibilidades de os captar eram escassas, mas nada lhe importava.

Desde o início “não pensava em mais nada”, reconhece o fotógrafo. Dez meses depois, a insistência compensou e Sergey conseguiu captar um destes animais raros em plenohabitate sem quaisquer interferências. Os tigres siberianos, ou de Amur, são animais solitários e trocam informações vitais, como a prontidão para acasalar, através de cheiro, pelos, urina e outros marcadores em locais proeminentes, incluindo troncos de árvore.

A sub-espécie está à beira da extinção.Cerca de 500 exemplares de tigres-de-Amur continuam a viver no Extremo Oriente da Rússia, no Nordeste da China e, potencialmente, na Coreia do Norte, numa fração do seu antigo território e constantemente ameaçados pela perda de

habitate pela caça furtiva.Os tigres-de-Amur (Panthera tigris altaica) estendiam-se do Norte da Eurásia à Turquia. Chegaram a ficar reduzidos a 20 ou 30 animais e só um “esforço concentrado de conservação” tornou possível recuperar as populações até aos níveis atuais.

Por meio do poder emocional único de uma fotografiasomos recordados da beleza do mundo natural e da nossa responsabilidadecomum de o proteger”, explicou Tim Littlewood, director-executivo do departamento de ciência do museu e membro do júri.

Com informações Galileu

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