Cidasc de Lages intensifica ação de educação sanitária voltada à vigilância e prevenção da Peste Suína Africana

A sanidade ou saúde agropecuária é um dos pilares de sustentação da produção animal, principalmente em casos de notificação de doenças animais em outros estados ou países. O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola da Santa Catarina – Cidasc de Lages realizou, nesta terça-feira, 31, ação de educação sanitária a produtores de suínos do município de Correia Pinto. A ação foi realizada pelos médicos veterinários Felipe Campos Masiero e Claudia Regina Appio Duarte.

A recente identificação da Peste Suína Africana na República Dominicana – o primeiro registro na América Latina nas últimas décadas – acendeu o alerta para intensificar as precauções. Para evitar o ingresso da PSA no plantel catarinense, é preciso aplicar medidas de biossegurança em todos os níveis: melhorando os itens de proteção e evitando visitas nas granjas, intensificando as fiscalizações na bagagens de viajantes, reforçando a fiscalização para evitar a alimentação de suínos com restos de alimentos e sensibilizando a todos os Catarinenses, por meio da educação sanitária, sobre essa doença e os cuidados necessários. Lembrando que essa doença não traria prejuízos apenas para a cadeia produtiva, mas a todo o Estado.

De acordo com a médica veterinária Claudia Regina Appio Duarte, a Peste Suína Africana (PSA) não causa doença em humanos, mas é  uma doença viral devastadora para os suídeos, causando grandes perdas econômicas. “Estamos intensificando as ações de educação sanitária em todo o estado, mas para que aconteça uma efetiva vigilância, é importante que todos os médicos veterinários, oficiais ou de empresas privadas, trabalhem ações de conscientização junto aos produtores rurais, na comunidade local, através de atividades educativas, de forma a sensibilizar os criadores e todas as pessoas envolvidas na cadeia produtiva do suíno, da importância de sempre comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial qualquer suspeita de doença de notificação obrigatória”, enfatizou Claudia.

Santa Catarina está em alerta, visto que o estado além de ser o maior criador de suínos é também o maior exportador do produto e, além disso, é muito visitado por turistas de várias regiões e o vírus da PSA tem o potencial de se espalhar rapidamente devido a sua resistência no ambiente. Claudia explica que as principais vias de transmissão é pelo contato direto entre suínos (domésticos ou asselvajados)  infectados e suscetíveis , ou através da ingestão pelo suíno de produtos de origem suína contaminados com o vírus (esta tem sido frequentemente a via pela qual o vírus se disseminou por longas distâncias). “Precisamos conscientizar também turistas e visitantes, para que não tragam alimentos de origem animal não autorizados de outras regiões quando visitarem Santa Catarina. O viajante é também um dos responsáveis pela segurança sanitária e pela defesa agropecuária de Santa Catarina e do Brasil”, afirma. 

Lembrando que SC possui uma portaria (Portaria nº 15/2000) que proíbe a criação de bovinos, bubalinos, suídeos, caprinos e ovinos com restos alimentares que contenham proteína de origem animal.

Por Jaqueline Vanolli
Assessoria de Comunicação – Cidasc

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