Cidasc promove palestra abordando Sanidade bovina

Foi realizada na última quarta-feira, 1 de setembro, uma palestra sobre sanidade dos bovinos com foco em Raiva, Brucelose e tuberculose no município de Sangão. O evento foi organizado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa – Cidasc em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina- Epagri.

Cabe lembrar a importância do tema abordado, tendo em vista que é imprescindível  a garantia da sanidade dos animais evitando assim, prejuízos aos produtores. O médico veterinário Agnaldo Serafim afirma, “Eventos como este são muito importantes para levar informações aos produtores, trocar conhecimentos buscando atuar na prevenção das doenças dos animais, melhorando a produtividade e evitando prejuízos econômicos  e sanitários. Agradeço a toda a equipe da secretaria pela organização e aos produtores pela presença e ótima participação.”

O evento contou com a presença de 45 produtores e lideranças do setor. 

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

O objetivo do programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de brucelose e tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com agroindústrias do setor leiteiro (laticínios).

O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o artigo 57, do Regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a proposta do programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em serviços de inspeção e defesa sanitária animal.

Como prevenir a doença nos animais?

Para movimentar animais para dentro de uma propriedade, o produtor deve exigir que eles possuam exames de brucelose com resultado negativo e dentro da validade de dois meses. Os machos podem transmitir a doença pela cobertura.

A vacinação das bezerras não é obrigatória em Santa Catarina devido a nossa baixa prevalência (0,9% de rebanhos infectados). Os outros estados devem vacinar as bezerras, pois possuem uma prevalência maior que 2%. Em Santa Catarina, a vacinação com a vacina B19 é proibida, pois induz uma reação cruzada com o teste de diagnóstico da brucelose. Porém, a vacinação com a amostra RB51 é permitida para qualquer propriedade com bovinos. As normas de vacinação vigentes no Estado estão disponíveis na página da Cidasc. A prevenção é sempre a melhor e mais barata forma de controle.

Orientações sobre a Raiva

O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é responsável pela transmissão da raiva para herbívoros. As espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental. Por isso, somente profissionais capacitados, do serviço veterinário oficial, podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a Raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo.

O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva, por isso não devemos colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Usualmente, a doença é transmitida através da mordida do animal infectado, mas o simples contato entre saliva e feridas abertas, mucosas e arranhões também propaga o vírus.

Para ajudar no controle da raiva

– Vacine seu rebanho contra a raiva;

– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade

– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique a Cidasc, mesmo que não estejam doentes;

– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas, grutas, ocos de árvore, túneis, bueiros, passagem sob rodovias, cisternas e poços, casas e construções abandonadas.

ATENÇÃO! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para que seja removido adequadamente.

Por Jaqueline Vanolli
Assessoria de Comunicação – Cidasc

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