Pomares de maçã enfrentam problemas com a estiagem em SC

A estiagem prolongada está causando danos severos aos pomares plantados em solos mais rasos da Serra catarinense. O tamanho dos frutos também diminuiu, principalmente da variedade gala. Com isso, o volume de produção para este ano deve ser menor em Santa Catarina.

Segundo o produtor de maçã Nelson Tortelli, é “uma perda muito alta. Quase 100% já foi atingido. Os tratamentos têm que ser feitos continuados. Nem mesmo nesse momento eu posso parar com as aplicações de fungicidas e protetores. E eu tenho que continuar. Essa maçã eu tenho mais 40 dias para iniciar a colheita e ela nunca mais vai chegar. Tá num nível crítico já”.

“Em praticamente todos os pomares da nossa região a gente tá vendo essa redução no tamanho dos frutos bastante expressiva. A gente precisa de frutos com maior calibre porque é hoje o que o mercado paga melhor. Seria o melhor para os produtores, remunera melhor os produtores”, destacou a pesquisadora da Epagri Mariuccia de Martin.

Além disso, a floração nos pomares de maçãs para a próxima safra já começou. E caso a chuva não caia nas próximas semanas, a produção de 2023 também pode ser comprometida. A Amap (Associação de Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina) vê a situação com preocupação.

“A gente pode constatar esses danos irreversíveis que a gente tem nessa safra e também posterior às outras safras. Então, as ações que a associação vai fazer é buscar junto ao governo do Estado linhas de crédito emergenciais e também postergar financiamentos que o produtor tenha, porque a safra a gente já sabe que está comprometida”, disse o diretor administrativo da Amap, Diego Nesi.

Produtores de hortaliças e pecuária também estão enfrentando problemas com a estiagem na região. Para tentar amenizar os impactos, uma reunião de emergência foi realizada entre as prefeituras de Urubici, São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urupema, junto com a Amap, a Epagri e órgãos ligados à agricultura.

Conforme o prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes, “é uma situação que preocupa, a qual temos que buscar apoio junto ao governo e buscar nossos planejamentos futuros quanto aos municípios, para que tracem o seu planejamento de ação e de combate a estiagem”.

Com informações ND

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