“Quebrando o Código Da Vinci” – Por Henrique Córdova

Acabei de ler a obra de Darrel Bock, que pretende ser uma erudita crítica ao livro de Dan Brown, “O Código Da Vinci”, por ele considerada uma peça de pura ficção, embora, reconheça, fundamentada em alguns documentos gnósticos, estudados depois de 1945, quando foram descobertos, em um deserto Egípcio, na localidade denominada Nag Hammadi.

Confesso que as provas de Darrel, um pesquisador especialista no Novo Testamento, não me convenceram.

Não há, nas escrituras sagradas, qualquer menção ao estado civil de Jesus. Deduz-se que ele tenha sido solteiro, apesar de a tradição judaica preconizar o casamento para todos os homens. Havia, contudo, entre os Essênios, celibatários aceitos.

O fato de Jesus ter abraçado e beijado Maria Madalena, por si só, também não prova que eles fossem casados.

Afinal, Jesus foi casado?

A Igreja diz que não e, em razão de seu ensinamento, nós acreditamos que não.
Outros, dizem que sim.
Casado ou solteiro, Jesus, como o imagino, é o meu maior ídolo e o livro de Dan Brown um encanto.

Nicéia ( 325 )

Não pensem que a Nicéia a que me refiro é alguém semelhante à ex-mulher do Pitta, ex-prefeito de São Paulo.

Estou tratando do Concílio da Igreja, convocado para discutir e definir a natureza de Jesus. Nele, Atanásio defendeu a tese segundo a qual Jesus é Deus e Ário a de que Jesus foi o ser humano mais perfeito da Terra . A tese vencedora foi a defendida por Atanásio e, por isso, Jesus é Deus. Se tivesse vencido a de Ário, Jesus teria sido, apenas, o melhor dos homens.
Estranho, que seres humanos tenham julgado a qualidade de Jesus e decretado que ele é Deus, através do discurso mais persuasivo.

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