
O homem, no alto do telhado,
Equilibrando-se, ao tempo alheio,
Fumegava e, bem agasalhado,
A cada passo fazia breve meneio.
Com o olhar sereno, ao longe vagando,
Voltou-se ao intrépido varão às costas:
Passos firmes, barbas sedosas voando;
Roupas em camadas alvas sobrepostas.
Era o Maio, sem idade, no vigor de sua vida,
Com afagos acolhedores e sorrisos abertos,
Que retornava, após sua semi-secular partida.
Buscando mostrar-se nos momentos certos.
No instante azado, Maio cumpriu seu anual curso:
Sem mencionar as vestimentas da próxima aparição. Insinuou, com ironia, que voltará em pele de urso
Para instigar as perplexidades dos dados à previsão.
Advogado brilhante, eximio, clássico e erudito orador e por fim extraordinário escritor.
Que suas publicações não se percam no tempo e sejam perpetuadas em livros.
O tempo voa.