Os julgamentos – Por Henrique Córdova

“ Deus julga cada um pelo que é, os homens julgam a cada um pelo que são. Mais claro. Deus julga-nos a nós por nós; os homens julgam-nos a nós por si. Donde se segue que para seres bem julgado no juízo de Deus, basta que vós sejais bom; mas para seres bem julgado no juízo os homens é necessário que ninguém seja mau.

Terrível juízo, em que para eu não sair condenado, é necessário que todo mundo seja inocente! No juízo de Deus basta ser bom no último instante da vida, para ser eternamente bom; no juízo dos homens basta ser mau em qualquer tempo da vida para ser eternamente mau!

Se fostes bom, e sois mau, julgam-vos mal pelo que sois; se fostes mau, e sois bom, julgam-vos mal pelo que fostes; se sois e sempre fostes bom, julgam-vos sempre mal pelo que podereis vir a ser.

Há juízo tão cruel como este? As culpas em profecia, e o profeta em prisões. ” (Padre Antônio Vieira, Segunda Dominga do Advento, Joannes in vinculis)

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