
A instituição Fireballs Aotearoa (colaboração entre astrônomos e cientistas cidadãos da Nova Zelândia) recebeu inúmeras perguntas sobre a passagem de meteoros verdes brilhantes pelos céus do país.
Além disso, a entidade, que visa recuperar meteoritos recém-caídos, recebeu vídeos e fotos desse evento que pode sinalizar a chegada de um pedaço de asteroide de alguns centímetros a um metro de diâmetro.
Segundo os especialistas, naquele caso, não se tratava da mesma. A cor verde emitida por esse asteroide é oriunda do ferro vaporizado e do níquel contidos no objeto que, quando atinge uma velocidade de até 60 km por segundo, o calor leva esses elementos a irradiar a luz esverdeada.
Já o brilho verde das auroras surge através da interação entre as moléculas de oxigênio e as partículas emitidas pelo Sol, na atmosfera superior. Nesse ponto, os íons de oxigênio livres se recombinam com os elétrons para produzir os átomos de oxigênio. Essa transição energética irradia a luz verde da aurora, em um comprimento de onda de 557 nm.
É possível que um asteroide emita luz nesse mesmo comprimento de onda, mas isso só ocorrerá se ele for muito rápido. A chuva de meteoros Perseidas, que já começou e vai atingir seu pico no dia 13 de agosto no Hemisfério Sul, pode ser uma oportunidade para observar esse fenômeno.
Segundo os especialistas, a chegada de grandes meteoros verdes e a queda de meteoritos não são eventos raros na Nova Zelândia, mas é difícil recuperar a rocha resultante desses acontecimentos. A Fireballs Aotearoa está trabalhando para melhorar a taxa de recuperação. A entidade já colocou câmeras capazes de captar a passagem dos meteoros em diversos pontos da ilha.
Então da próxima vez que um meteoro brilhante passar sobre a Nova Zelândia, as chances de pegar um meteorito podem ser maiores.
Com informações: Olhar Digital